Boa alimentação, exercícios diários e
uma rotina regular de sono são algumas das sugestões para uma vida
saudável. Mas há um combustível para tudo isso: o bom humor. No entanto,
muitas pessoas são acometidas pela “doença do mau humor”, também
conhecida como distimia. De acordo com a psicóloga e escritora Marilene
Simão Kehdi, o transtorno pode induzir o indivíduo ao isolamento,
gerando depressão, além de afetar os relacionamento e objetivos. Para
isso, a psicoterapia é um recurso imprescindível.
Muitas pessoas buscam, ao longo da vida,
o bem estar físico e emocional, sendo assim, aprimorando o estilo de
vida. Entretanto, para muitos, a falta de estimulo constante é tomada
pela irritabilidade incontrolável e a persistência de um humor
deprimido, os quais se definem como um transtorno distímico ou distimia.
A incidência maior é com as mulheres.
São elas as mais afetadas por esse transtorno. A causa envolve fatores
genéticos, disfunções neuroquímicas do cérebro e também fatores
pessoais, como uma infância marcada por sentimento de rejeição e
carência.
Segundo a especialista em doenças
psicossomáticas, os sintomas da depressão na distimia se apresentam em
escala menor, se comparados aos sintomas amplificados depressivos.
Porém, isto não impede que, em algum momento, manifeste-se um episódio
de depressão maior dentro do quadro distímico. Entre outros sintomas, no
decorrer da vivência, o transtorno do “mau humor” induz o indivíduo ao
isolamento, a melancolia e a apatia, reduzindo a autoestima e causando
muitos prejuízos nas relações sociais, pessoais e profissionais.
Marilene Simão ressalta que muitas
pessoas com distimia, embora tenham muito sofrimento mental, não admitem
que necessitam de tratamento por acharem que esse é o “jeito de ser”. E
muitos causos são provenientes da infância. A maioria daqueles que
começa a psicoterapia geralmente não dá continuidade, pois não acredita
que o próprio estado de humor tenha tratamento eficaz.
Geralmente, o desânimo e o desinteresse
apresentados pelo indivíduo com o transtorno distímico são interpretados
erroneamente pelas pessoas próximas a ele, com descaso ou indiferença.
Para isso, é necessário a intervenção psicoterapêutica e psiquiátrica
para ajudá-lo a interagir melhor em seus relacionamentos e consigo
mesmo, já que o indivíduo não conseguirá abolir o comportamento sozinho.
Sendo assim, sem tratamento psicoterapêutico, a tendência é a ausência
de melhora considerável no quadro, permanecendo apáticas e deprimidas.
Para Marilene, em alguns casos, há
necessidade de medicamentos estabilizadores do humor e antidepressivos,
contudo, a psicoterapia é fundamental e pode ajudar a superar o desafio
de vencer esse humor deprimido e ter mais qualidade de vida.
(Redação – Agência IN)
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